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Já se foi o tempo em que se pensava que mãe e pai são os biológicos. Um estudo do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo revelou que a criação e educação de crianças por casais gays não causa perda psicológica nos filhos. A função psíquica materna e paterna pode ser exercida por duas pessoas do mesmo sexo. As informações são da Agência USP de Notícias.
De acordo com Ricardo de Souza Vieira, autor do estudo, a estrutura familiar e o desenvolvimento da criança não estão vinculados com a orientação sexual do casal, mas, sim, com o desejo de ser responsável por uma criança. “As relações de responsabilidade dos pais e da criança com os adultos, que definem a estrutura familiar, não sofrem alterações. As funções psíquicas são o que realmente importam para o desenvolvimento de uma criança, e elas estão descoladas do aspecto anátomo-fisiológico do corpo”, revela.
Em um casal formado por homossexuais, explica Ricardo, tanto a função psíquica materna, mais próxima da criança e responsável por ensinar a linguagem e por cuidar e proteger com mais intensidade, quanto a paterna, que limita a proximidade da criança com a mãe e tem a função de determinar limites e leis, podem estar ou não presentes. Mas isso também ocorre dentro das famílias de casais heterossexuais.
Segundo o pesquisador, as crianças não sentem a necessidade de possuir uma mãe, do sexo feminino, e um pai, do sexo masculino, pois as funções psíquicas desses “entes” já estão sendo exercidas por duas pessoas do mesmo sexo. “A maneira como a criança percebe, valoriza e qualifica a realidade depende de como os pais transmitem sua própria maneira de entender essa realidade”, finaliza.
FONTE: Site Pheeno
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